Na tarde desta quarta-feira (1), a Câmara Municipal de Bady Bassitt sediou a audiência pública promovida pela empresa Rumo Logística, em parceria com o Consema (Conselho Estadual do Meio Ambiente), que tratou sobre o novo contorno ferroviário que passará pela cidade.
A audiência foi realizada em cumprimento às determinações legais para a execução de grandes empreendimentos e teve como objetivo apresentar o plano de impacto ambiental e social que esta linha férrea causará no município e moradores, para então, dar entrada no pedido de licença prévia ambiental. Essa licença – concedida ou não – ainda não permite o início das obras. A execução das obras só poderá ser iniciada após a licença definitiva, que dependerá de provas de que não haverá impacto ambiental e social irreversíveis.
Só em Bady Bassitt, mais de 70 propriedades rurais serão afetadas diretamente, de acordo com o novo traçado. Deste total, mais da metade é do setor de agricultura e agropecuária. Além disso, serão mais de 500 árvores retiradas da natureza.
Um dos grandes questionamentos feitos durante as manifestações populares na audiência, foi referente à proximidade da malha férrea à área urbana. Segundo os proprietários das áreas rurais, além de afetar diretamente a fauna e a flora, afetará também a expansão urbana da cidade, já que em alguns pontos a linha férrea já passaria em áreas urbanas.
O presidente da Câmara de Bady, Paulo César Pereira (Paulinho da Porcada), fez uso da palavra e reiterou a solidariedade com os munícipes que serão afetados e frisou que lutará para resolver este problema. “O prefeito Edinho Araújo está defendendo o que é melhor para a cidade dele (Rio Preto), a partir de agora, nós, eu como presidente da Câmara e junto com esta Casa, lutarei para resolver o nosso problema em Bady Bassitt”, destacou Paulinho da Porcada.
Além do presidente da Câmara de Bady, Paulo César Pereira, estiveram presentes os vereadores de Bady Bassitt, Elias Baruffi, Márcio Elias (Marmitão), Laércio Pereira, Ana Paula Murad, Fabrícia Caldeira Diniz (on-line) e o prefeito da cidade, Luiz Tobardini. Da cidade de Rio Preto, estiveram presentes o prefeito, Edinho Araújo, o presidente da Câmara, Pedro Roberto e o vereador Renato Pupo.
O Prefeito da cidade, Luiz Tobardini, também utilizou o microfone para dizer que “em nenhum momento foi procurado pela empresa Rumo”. “A Rumo ‘invadiu’ nossa cidade sem a minha autorização. Eu, na qualidade de prefeito, gestor, homem público e cidadão, exijo respeito e tenho eu pensar no futuro. Não permitiremos que essa linha férrea passe do jeito que está, queremos uma nova opção de trajeto onde a nossa cidade não seja prejudicada tão diretamente como está sendo”, destacou o prefeito.
Por fim, uma equipe multidisciplinar da empresa Rumo se manifestou em resposta às manifestações de populares e autoridades feitas durante a audiência. Os especialistas disseram que, para a escolha do trajeto traçado foram avaliados os impactos econômicos, sociais e ambientais, escolhendo-se o trajeto com menos impactos.
O engenheiro responsável ressaltou que é possível fazer pequenas mudanças no trajeto escolhido, no entanto, essa diretriz já está determinada. Ainda segundo o engenheiro, serão 15 passagens de fauna, 20 passagens de gados e 17 passagens superiores e inferiores, contemplando, inclusive, estradas de terra. “Nenhum proprietário ficará ilhado”, disse o engenheiro da empresa, Ray Ferraz.
Texto Assessoria de Comunicação
Publicado em: 01 de junho de 2022
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Categoria: Notícias da Câmara